domingo, 4 de setembro de 2011

sketch... saúde!

  

Alguns sketches... Gosto de apreciar a beleza do povo feio de vez em quando. Já desenhar, não sinto mais tanto prazer quanto já senti anteriormente. Sei lá... não gosto de desenho por desenho, técnica pela técnica... O desenho, para mim, deve estar a serviço de alguma ideia, expressando algo que nos faça refletir; concordar ou discordar. Por isso gosto tanto do desenho de humor. Sinto prazer quando uma imagem, rica em mensagem, me toca e se soma ao meu repertório imagético.

Não acredito que esse modo de entender o desenho seja melhor do que qualquer outro, mas, particularmente, senti certo alívio quando entendi essa questão sobre mim, pois me cobrava (ainda cobro) demais por algo que não me sublimava tanto. Porém admiro, ou até mesmo inveje, os talentosos artistas que, quase compulsivamente, rabiscam, rabiscam, rabiscam... pelo puro prazer de rabiscar.  Eu devia fazer mais sketches e tentar reaprender a desenhar descompromissadamente. *
Mais importante do que o calibre da pistola é a habilidade do atirador. Era o que dizia Zeca Bronha quando tiravam sarro dele no vestiário. *
Não sei se é impressão minha, mas outra seqüela social decorrente do crack que eu noto, é que os moradores de rua, em geral, se tornaram mais arrogantes. *
Quando desenhei a historinha do post anterior para o aniversário da gibiteca de Santos, desconfiava que poderia ter o trabalho vetado, mas pensei que seria besteira. Passou-se o tempo; não estava nem um pouco preocupado com isso, quando por acaso soube por um funcionário da gibiteca que sim, o desenho havia sido desconsiderado por não estar, digamos, de acordo com o tom desejado pela prefeitura.

A reflexão, às vezes, incomoda.*