quinta-feira, 27 de maio de 2010

Trabalhos Sedentários


Trabalhos não selecinados no Medplan... O tema era sedentarismo... Primeira investida com aquarela...

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Breve divagação chargistica

Algumas charges que fiz ultimamente...


Sobre a quebra da patente do Viagra. Fiz assim que saiu a notícia, só que eu havia feito com pressa e acabei sentindo, numa primeira versão realizada, que o trabalho havia ficado mais com um aspecto de ilustração do que charge, daí refiz nessa segunda versão... Isso me levou e refletir um pouco sobre essa tênue linha subjetiva que separa esses dois conceitos, ainda mais depois de ler o edital do concurso de ilustrações da Folha de São Paulo. Nele, quatro categorias: Cartum, charge, quadrinhos e ilustração... ok! Lida algumas exigências comuns e necessárias a concursos, me deparei com uma que me causou estranheza. Era preciso que atrás das ilustrações e das charges houvesse referência ao texto das quais foram inspiradas. Ok, no caso das ilustrações tudo bem, pois em princípio, segundo entendo, a ilustração surge como isso mesmo, complemento ou suplemento de um texto já existente. Mas a charge... A charge não! A charge é autônoma! Não precisa estar vinculada a texto nenhum, mas sim, aos fatos em si! Acredito que num jornal, a charge tem (ou deveria ter) o mesmo valor ou peso de um artigo, ou será que estou enganado? Compreendo que antes de tudo o chargista seja um comunicador, um formador de opinião, ora mais contundente, ora mais suave e “ilustrativo”, mas sempre, um cara para quem, o que se diz vem a ser mais relevante do que a maneira como se diz, ao contrário do ilustrador, a quem o principal foco de seu trabalho se dá na melhor forma de expressar aquilo que o texto quer dizer. Dessa maneira, imagino que as premissas para a criação de uma ilustração seguiriam a seguinte ordem de importância: composição>arte final>mensagem (pois a mensagem principal fica por conta do texto), enquanto que na charge a ordem seria: mensagem>composição>arte final... Digo isso num sentido de conceito ideal: charge, e conceito ideal: ilustração... Óbvio que para deixar mais claro o que quero dizer, eu deveria explicar o que entendo por mensagem, composição, e arte final e o porquê dessa ordem, blablablá... Mas tô com preguiça... Torcendo para que essa ideia seja intuitivamente captada por quem se interessar, se é que há algum sentido nela...
Enfim, Como eu já disse, a linha é tênue e subjetiva, e qualquer divagação sobre o assunto que venho a tecer por aqui, possui um caráter meramente reflexivo e explanatório. Além disso, uso essa lógica mais para entendimento pessoal do que qualquer outra coisa, já que na prática, ela não tem relevância alguma!! Cartum, charge, ilustração, quadrinhos, design, graffiti, artes plásticas... Hoje em dia as fronteiras das artes visuais estão abertas e bem permeáveis, com suas vertentes se infiltrando mutuamente. O importante é que no final, o trabalho fique bom e agrade ao público (entenda: Consumidores).
Ainda assim, sinto hoje em dia, uma certa subvalorização da charge como elemento comunicativo na cabeça das pessoas... Quase como se a charge tivesse apenas o papel de decorar a página do editorial, ou de entreter o leitor e não mais o de levá-lo a um entendimento crítico real acerca de algo. Imagino que nos grandes jornais a compreensão seja outra, além de termos grandes chargistas por aí que enfiam mesmo o dedo na pereba! Mas no geral, é essa a impressão que tenho, principalmente quando olho para as pequenas e médias publicações Brasil afora... É tudo muito brando... Polêmicas afugentam clientes?! Deve ser... Na acomodada sociedade brasileira de hoje, tudo estará certo se parecer que está certo, então pra quê refletir, né?


Charge sobre o aguaceiro que caiu no Rio de Janeiro. Impotência nada redentora.


Os presos provisórios e jovens cumprindo medidas sócio-educativas poderão votar em 2010... E dizem que já vazou na internet um jingle pra campanha, de autoria desconhecida que seria mais ou menos assim: “Irmão que vota em irmão, melhora a vida na prisão! Vote 1533 e apague um alemão!” (imagine isso em forma de uma musiquinha beeem chata... funk, talvez).